Na política, tudo pode acontecer, inclusive alianças inimagináveis. Dando um exemplo claro, a união do presidente Lula ao vice-presidente Geraldo Alckmin era algo em que ninguém acreditava, até porque em março de 2022 o próprio Geraldo Alckmin insinuava que o atual presidente era uma pessoa sem confiança.
Diante do exemplo citado acima, na política brasileira há inúmeros exemplos e em Afogados da Ingazeira também não é diferente. A Frente Popular na década de 90 brigava ferozmente contra a tradicional família Mariano, mas como a política é uma caixinha de surpresas, a família Mariano hoje é aliada forte da atual Frente Popular.
Com a disputa de representantes da governadora Raquel Lyra, Danilo Simões e Mário Viana Filho, Raquel ainda não escolheu seu representante de fato. Nos microfones da rádio Pajeú, Danilo já informou que não aceita ser tratado como segunda opção, pois fala por quase metade da população de Afogados da Ingazeira. Haja vista que na última eleição Danilo obteve quase 10 mil votos, como ele mesmo menciona. Já Mário Viana, não conseguiu ser eleito no município de Ingazeira, muito menos consegue articular de tal modo que a governadora consiga conquistar votos em Afogados e na região do Pajeú.
Outro fator importante é que João Campos, assim como seu pai, Eduardo Campos, sabe fazer política e agregar líderes. Os pais de Danilo, Dona Giza e Dr. Orisvaldo, foram fundadores da Frente Popular e, se há uma coisa que o PSB não esquece, é a história. Conversando com líderes estaduais do PSB, ambos afirmam que Danilo Simões tem espaço na Frente Popular e passe livre se desejar retornar às origens políticas dos seus pais.
Como Afogados da Ingazeira não tem um nome certo para disputar as próximas eleições municipais, caso Danilo Simões se coligue com a Frente Popular e João Campos vença as eleições de 2026, vai ser difícil formar uma chapa de oposição que consiga bater de frente unindo forças atuais e a vinda de Danilo para o grupo governista em Afogados da Ingazeira.
Na política, tudo pode acontecer.
