Com informações do G1
Após meses de intenso conflito, Israel e Hamas chegaram a um acordo de cessar-fogo em Gaza, marcando um possível ponto de virada na guerra que devastou a região desde outubro de 2023. O acordo traz esperança para as famílias dos reféns e para a população civil palestina, duramente afetada pelos combates.
A expectativa é que todos os reféns vivos mantidos pelo grupo terrorista sejam libertos até a segunda-feira (13). Esta é uma das principais conquistas do acordo, que deve trazer alívio para as dezenas de famílias que aguardam o retorno de seus entes queridos há meses.
A situação dos reféns tem sido um dos pontos mais sensíveis do conflito, com forte pressão internacional e da sociedade israelense para que o governo priorize seu retorno seguro.
Apesar do anúncio do acordo, vários detalhes do tratado ainda não foram divulgados pelas autoridades envolvidas. Não se sabe ao certo quais são as contrapartidas negociadas, os termos específicos do cessar-fogo ou os mecanismos de fiscalização que garantirão o cumprimento do acordo por ambas as partes.
É comum que acordos desta natureza incluam cláusulas sobre libertação de prisioneiros palestinos, entrada de ajuda humanitária em Gaza e eventuais compromissos para negociações futuras sobre questões de longo prazo.
Os próximos dias serão cruciais para avaliar a implementação efetiva do acordo. A comunidade internacional observa atentamente, esperando que este cessar-fogo possa se consolidar como um primeiro passo rumo a uma solução mais duradoura para o conflito na região.
A população de Gaza, que enfrenta grave crise humanitária, aguarda a entrada de ajuda e o início da reconstrução, enquanto Israel busca garantir a segurança de suas fronteiras e o retorno de todos os seus cidadãos.
Contexto: O plano de paz foi apresentado no fim de setembro pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e negociado com a mediação de Egito, Catar e Turquia.
- Segundo Trump, Israel e o Hamas chegaram a um acordo para a implementação da primeira fase do plano de paz.
- Nesta etapa, todos os reféns mantidos pelo grupo terrorista desde 7 de outubro de 2023 serão libertos. Em troca, Israel irá soltar prisioneiros palestinos.
- Tropas israelenses que estão na Faixa de Gaza devem recuar de suas posições.
- O território palestino receberá mais caminhões de ajuda humanitária, com a entrega de comida, água e medicamentos.
Reféns: Segundo Israel, o Hamas ainda mantém 48 dos 251 sequestrados no ataque terrorista de outubro de 2023. As demais vítimas foram libertas durante a vigência de outros dois acordos de cessar-fogo ou por meio de operações militares israelenses.
- A proposta apresentada pelos Estados Unidos prevê que o Hamas terá até 72 horas para libertar todos os reféns, vivos ou mortos.
- Israel estima que, dos 48 reféns, apenas 20 estejam vivos.
- Segundo Trump, todos os reféns serão libertos provavelmente na segunda-feira (13).
- Por outro lado, a imprensa americana informou que o grupo terrorista pediu mais tempo para devolver os corpos das vítimas que morreram.
- O Hamas alega que não sabe onde estão todos os corpos dos reféns mortos e que precisa realizar buscas para localizar os desaparecidos.
- Em troca, a expectativa é que Israel liberte quase 2 mil prisioneiros palestinos, incluindo condenados à prisão perpétua.
Ataques em Gaza: O plano prevê o fim dos bombardeios na Faixa de Gaza. Segundo Trump, as Forças de Defesa de Israel irão recuar para linhas acordadas com o Hamas, o que indica que tropas ainda permanecerão no território palestino.
- A GloboNews apurou junto às Forças de Defesa de Israel que o país concordou em diminuir a área de ocupação em Gaza de 75% para 57% em um primeiro momento.
- O plano divulgado pela Casa Branca no fim de setembro já previa uma retirada gradual das tropas do território palestino.
- O chefe do Estado-Maior de Israel instruiu as tropas a se prepararem para todos os cenários e para a operação de retorno dos reféns.
- Antes mesmo do acordo, Trump já havia pedido que Israel reduzisse as operações em Gaza. A mídia israelense informou que os militares receberam ordens para diminuir a ofensiva.
Início do cessar-fogo: Ainda não está claro quando o acordo de paz começará a valer oficialmente. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que a proposta será votada pelo governo na quinta-feira (9).
- A votação interna do acordo é um procedimento formal do governo israelense.
- Processos semelhantes ocorreram nos outros dois acordos de cessar-fogo firmados em novembro de 2023 e janeiro de 2025.
- Segundo a AFP, o acordo deve ser formalmente assinado às 6h desta quinta-feira, pelo horário de Brasília.
- Trump deve viajar para Israel nos próximos dias. O presidente dos EUA foi convidado para discursar no Parlamento do país. Na quarta-feira, ele disse a jornalistas que considera visitar a Faixa de Gaza.



