Paraná confirma sétima morte após passagem de tornados; 20 feridos seguem internados

A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná confirmou nesta terça-feira a sétima vítima fatal relacionada aos tornados que devastaram o estado na semana passada. José Eronides de Almeida, de 70 anos, faleceu no sábado pela manhã na Unidade de Saúde Central de Rio Bonito do Iguaçu, após sofrer insuficiência cardíaca aguda. O caso foi enquadrado pelas autoridades sanitárias como estresse pós-traumático relacionado ao evento climático extremo.

Com a nova atualização, são seis mortes em Rio Bonito do Iguaçu e uma em Guarapuava, ambas cidades atingidas pelas tempestades. Em Rio Bonito do Iguaçu, uma tempestade supercelular atingiu a cidade por volta das 18h na sexta-feira, provocando um tornado de categoria F3 na escala Fujita, com ventos estimados entre 300 km/h e 330 km/h.

Cenário de destruição

O tornado provocou danos significativos na área urbana, com cerca de 90% da cidade destruída segundo estimativas da Defesa Civil. Cerca de 1.500 casas ficaram danificadas ou destruídas, com mais de 80% da população (13,6 mil habitantes) prejudicada.

Dos 835 atendimentos médicos realizados em decorrência direta do desastre, 20 pessoas seguem internadas. Entre os hospitalizados, 11 estão em Guarapuava — quatro no Hospital São Vicente de Paulo e sete no Hospital Santa Tereza.

Operações de emergência

Uma força-tarefa foi anunciada para a reconstrução das casas, e o governo federal confirmou o envio de ajuda humanitária. O governo do Paraná decretou estado de calamidade pública em Rio Bonito do Iguaçu, o que permitirá liberar imediatamente recursos para atender à emergência.

A Copel mobilizou mais de 100 profissionais para atuar na região, com cerca de 280 postes caídos e três torres de alta tensão derrubadas. Aproximadamente 3,8 mil unidades consumidoras permaneciam sem energia, representando 75% dos clientes da cidade.

O desastre ocorre em um contexto preocupante para a região Sul do Brasil. Em 2024, inundações sem precedentes atingiram o sul do país, deixando mais de 200 mortos e 2 milhões de pessoas afetadas — uma das piores catástrofes naturais da história recente do Brasil.

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