Tarifaço dos EUA: Alckmin reconhece avanço, mas aponta distorções nas taxas de importação

O vice-presidente Geraldo Alckmin avaliou nesta semana as recentes mudanças nas tarifas de importação dos Estados Unidos, classificando a redução das taxas como um passo na “direção correta”, mas ressaltando que distorções importantes ainda precisam ser corrigidas para garantir condições mais equilibradas ao Brasil no comércio internacional.

Redução parcial das tarifas

Os Estados Unidos anunciaram a redução de tarifas de importação para aproximadamente 200 produtos, incluindo itens estratégicos para o Brasil como café e carnes. Para produtos brasileiros, as taxas caíram de 50% para 40%, uma diminuição de 10 pontos percentuais que, segundo o governo, representa um alívio para os exportadores nacionais.

Apesar de reconhecer o movimento como positivo, Alckmin destacou que a medida ainda não equipara o Brasil a outros países concorrentes no mercado americano, que continuam se beneficiando de taxas menores para produtos similares.

Distorções competitivas preocupam governo brasileiro

O principal ponto de preocupação do vice-presidente está na desigualdade das condições comerciais. Enquanto o Brasil enfrenta uma tarifa de 40% sobre determinados produtos, países concorrentes conseguem exportar os mesmos itens para os Estados Unidos com impostos significativamente mais baixos.

Essa disparidade coloca os produtos brasileiros em desvantagem competitiva, afetando a capacidade das empresas nacionais de conquistarem maior participação no mercado americano e impactando diretamente setores importantes da economia brasileira.

O que vem pela frente

O governo brasileiro deve intensificar as negociações com Washington para buscar uma maior redução das tarifas e, principalmente, a equiparação das taxas aplicadas ao Brasil com aquelas concedidas a outros parceiros comerciais dos Estados Unidos.

A expectativa é que o diálogo entre os dois países avance nos próximos meses, com o objetivo de eliminar as distorções apontadas por Alckmin e fortalecer a relação comercial bilateral, especialmente em setores estratégicos como o agronegócio, que representa parcela significativa das exportações brasileiras para o mercado americano.

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