Trump Defende Bolsonaro e Ameaça BRICS com Tarifas; Lula Reage

Luiz Inácio Lula da Silva, Donald Trump e Jair Bolsonaro — Foto: Fotos de arquivo

Presidente americano chama processos contra ex-presidente brasileiro de “caça às bruxas” e ameaça países do bloco com sobretaxas

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, provocou uma nova crise diplomática com o Brasil ao defender publicamente o ex-presidente Jair Bolsonaro e ameaçar países do BRICS com tarifas comerciais. As declarações geraram reação imediata do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que criticou o que chamou de postura “imperial” americana.

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Foto: Truth Social

Simultaneamente, Trump anunciou uma política agressiva contra os países do BRICS. “Qualquer país que se alinhe às políticas antiamericanas do Brics será taxado com tarifa extra de 10%. Não haverá exceções a essa política”, declarou o presidente americano em sua rede social.

A ameaça atinge diretamente o Brasil, membro fundador do BRICS junto com China, Índia, Rússia e África do Sul. Trump não especificou quais seriam exatamente essas “políticas antiamericanas”, mas a declaração ocorre em meio ao crescente protagonismo do bloco no cenário internacional.

A resposta do presidente Lula foi contundente. “Não acho muito responsável e sério um presidente da República do tamanho dos Estados Unidos ficar ameaçando o mundo pela internet”, declarou o presidente brasileiro.

Lula rejeitou qualquer intimidação comercial e enfatizou o princípio da reciprocidade nas relações internacionais. “Se os Estados Unidos impuserem tarifas, os outros países têm o direito de fazer o mesmo. Existe a lei da reciprocidade”, assegurou o presidente brasileiro.

O líder brasileiro também criticou o que considera uma postura imperial dos Estados Unidos: “O mundo mudou, não queremos imperador. Nós somos países soberanos”, afirmou Lula, defendendo a autonomia das nações do BRICS.

A crise diplomática pode afetar significativamente as relações Brasil-EUA e fortalecer a união dos países do BRICS. O governo brasileiro mantém posição firme de defesa da soberania, enquanto a comunidade internacional observa os impactos desta escalada nas alianças geopolíticas globais.

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