Em 2022, durante a Copa do Mundo estive na esquina do Brasil com a família, enquanto o time do Brasil decepcionava mais uma vez eu buscava na natureza potiguar a inspiração com intuito de prestar esta homenagem para cidade de Touros, terra do imortal poeta Severino Ferreira.
Vendo a dança de um coqueiro
Numa praia nordestina
Uma ágil dançarina
Quase perdeu o roteiro.
Viu que a mobilidade
Que aprendeu na faculdade
E nas aulas de balé,
Não contém os movimentos
Provocados pelos ventos
Gerados pela maré.
Grande pintor renomado
Numa falésia ao passar
Viu o quadro singular
Que tempo havia pintado.
Voltou pra casa indagando:
”Oh, meu Deus me diga quando
eu terei essa destreza
ou essa inspiração
que supera a perfeição
como tem a natureza?”
Um professor de história
Doutor nas artes do mouros
Vendo o sol nascer em Touros
Deu pane em sua memória.
Ao ver a lista no mar,
que o sol fez ao raiar
e mostrar a sua cara,
na esquina do Brasil.
Tons de cores mais de mil
em uma beleza rara.
Quando viu o pôr do sol
De cima de um mirante
Um poeta itinerante
Vergou-se igual um anzol.
Ali no morro ajoelhado
Compôs emocionado
Seu mais bonito poema
Em um mote que revela:
“AQUI O CENÁRIO É TELA
E O HORIZONTE É CINEMA.”



